Massacre da auto-estima

Hoje assisto um massacre do auto-estima de todos. A todo momento somos bombardeados, através de novelas, programas de tv, “reality shows” (programas de situações reais), etc, por padrões de belezas irreais, por falsos estilos de vida, etc.  Não e díficil encontrar uma propagando com uma modelo ultra magra que se fossemos ser realista ela estaria doente e não bela.  O que dizer de novelas que retratam ricos como sendo esbanjadores que nada fazem, que não trabalham, sendo que se existe tal tipo de pessoa é uma minoria que goza uma herança ou é filho(a) de alguém com muito dinheiro.

Acredito que tudo isso é algo proposital cujo intuito é de nos manter sempre insastifeitos e infelizes com nossa condição pois, o eterno descontente com sua realidade é um excelente “consumidor”.  E se prestar atençao verá que tenho razão. Quantos milhões é o mercado de auto ajuda hoje ou de livros que ensinam metodologias infalíveis de ficar rico, ou ser feliz, e por aí vai ?  Quantos milhões é o tamanho do mercado de moda ? Quantos milhões são de dinheiro que o mercado de estética, cirurgia plástica, academias, movimentam para garantir o “look” ideal? Outro dia, assisitindo um canal pago (sempre esperei que canais pagos tivessem programação melhor mas me decepcionei) vi em sequencia 5 programas sobre beleza, moda, transformações: “Dr 90210″,”10 anos mais jovem”, “Esquadrão da Moda”,”O grande perdedor”, e por segue.  Tudo isso, em essência, baseado na ansia de nossa sociedade em atingir padrões de beleza,  status, irreais.

Detendo, com mais detalhe, na questão das famílias e principalmente sobre os jovens, vemos o quanto que esta estratégia de dilapidar a auto-estima, está matando nosso futuro, quanto essa linha de conduto está acabando com as famílias pois impõe que a felicidade plena só é possível com “MUITO DINHEIRO” com corpos super malhados (beirando a doença) e com ostentações faraonicas.  Como já disse em outro post, tenho exemplos vivos em minha vida disso. Tenho conhecido que tem anorexia e tudo isso, de certo modo, vem dessa pressão insana de perfeição que não existe.  Tenho outros que trabalham para pagar dívidas, pois não podem abrir mão de um padrão de vida pois temem ser rejeitados.

Isso para mim é uma loucura, é uma doença. Uma pandemia que tomou conta de todos e parece que ninguém tem a consciencia disso. A sociedade está doente. O estresse, anorexia,  suicidios, adolescentes de classe média roubando, são sintomas dessa imensa doença que nós criamos e fazemos questão de manter.

A tempos atrás, vi uma tentativa de uma marca de coméstico de lançar um campanha reforçando a “real beleza”.  Tão logo fez sucesso, tão logo foi eliminada da mídia. Parece que existe um grupo a quem não interessa a cura para essa loucura coletiva.  Isso me assusta pois como contraria tamanha força… como criar cidadões sadios nessa sopa acida que corroi todas as bases edificadas pela familia ?

Creio que seja a hora que provocarmos uma revolução em nossos interiores e decidirmos por uma ruptura nessa modela suicida de sociedade. Não vejo futuro, não vejo esperança se seguirmos nessa estrada onde o que vale é beleza doentias e anorexicas, vidas futéis, etc.  Está na hora de mostrar que trabalhar faz bem, tem”gordurinhas” não é pecado e é lindo. Ter uma vida sem grandes luxos mas com um simples conforto é bom, que o fato de não se ter o carro mais caro do mundo não nos torna menos queridos ou felizes.

Família e os jovens de hoje

Gostaria de transcrever um texto do livro Filhos Brilhantes, Alunos fascinantes de Augusto Cury para fundamentar uma opnião que desejo mostrar depois.

Os jovens sempre foram contestadores, sempre discordaram dos erros dos adultos, sempre lutaram positivamente pelo que pensam. Hoje é raro! Muito deles amam o sistema social criado pelos adultos, sistema que os transforma em consumidores, que sufoca a sua identidade, seus projetos.

É a geração que quer tudo rápido, pronto, sem elaborar, sem batalhas para conquistar. É a geração que não sabe unir disciplina aos sonhos, que procurar usar processos mágicos para lidar com suas frustações, que tem dificuldade em pensar antes de agir…

[Cury, Augusto – Filhos Brilhantes, Alunos fascinantes, Editora Academia de Inteligência, 2006]

Por muitas vezes, em conversas, textos, palestrações, expûs que sou um partidário da “velha” educação. Isso não quer dizer que sou contra as mudanças, sou contra a forma que as coisas estão hoje. Logo, sempre fui um contestador, nunca aceitei de forma fácil quaisquer que sejam as coisa a mim passadas, isso tenho muito a agradecer meus pais. Oque vejo hoje é algo que me assusta e mostra que os adolescentes atuais já não tem este gosto, preferem “aceitar” tudo pacificamente, permitindo serem comprados por mimos, etc.

O ato de questionar é um motor do ser humano. Através do questionamento que evoluímos, aprendemos, tomamos consciência do todo que nos cerca. Ao inibir isso, estamos matando nossa essência e com isso deixando, em parte, de sermos homens para nos tornarmos algo que não sei oque é ainda. Não falo da rebeldia do simples querer, que poderíamos classificar como mimada, falo da rebeldia de idéias, do gosto de revolucionar o mundo, de “destruir” tudo e refazer ao seu jeito.

O consumismo impera e com ele vem suas doenças: stress, psiquismos, disturbios alimentares (anorexia, bulemia, obesidade), etc. E nós adultos, mergulhamos nossos jovens nessa caldeira, evenenando suas almas e apagando deles o traço mais belo que é o de não concordar. Vejo jovens que aceitam tudo, não querem transgredir, querem apenas viver tudo, sem custo, sem esforço, é a geração fast-food, não a tempo a ser perdido com estudos, concentrações, devaneios, contemplação….

É a época das facilidades, onde impera a lei do menor esforço.  O importante de hoje é o “agora”, o futuro é amanhã e não importa. O passado é algo esquecido. Não existe mais história. Tudo é instantaneo.  Não se saboreia nada, tudo deve ser digerido o quanto antes possivel.

Os responsáveis por este loucura é essa sociedade de valores torpes, cujo os meios difusores, apenas mostram consumismos, sexualidades deturpadas, apologias a banditismo, heroismos baratos, esperteza acima da gentliza, etc.  A questão é aonde vamos chegar com tudo isso.

Ouvi de um professor da faculdade que os alunos chegavam cada vez mais fracos. Não estudavam, não entendiam que antes de colher é preciso plantar. O esforço faz parte da vitória. Querer é poder, entretanto se só ficarmos no querer, no desejo, no sonho, nada acontece, é preciso trabalho, perseverança, suor. E isso a nova geração não quer mais, não acredita mais. Preferem, ser adultos rápidos.

Precisamos tomar consciencia do ponto de chegada desta estrada que trilhamos e ver se não estamos caminhando para o fim. A violência impera, jovens de classe média e alta vão para vida de bandido em busca de emoções mesmo não precisando do dinheiro e sem motivos sócio-economicos.  E tudo isso porque ? Porque, como país, somo nulos em ensinar, em passar valores como esforço, trabalho, etc. Somos péssimos exemplos, pois não respeitamos lei alguma e acreditamos que com dinheiro podemos tudo.

Mais do que nunca é preciso repensar-nos como educadores, como fomemtadores de idéias e valores, e nos colocar em “xeque”.  O estado que nos encontramos hoje, só nos indica que falhamos em nossa tarefa de construir um futuro, porém ainda existe esperança. Em cada nova vida, está uma nova oportunidade de   fazermos diferente e aí reside a pergunta : E você não vai fazer nada ?

Por fim faço um convite para ler o livro citado acima. Ele pode ser a chave que falta para abrir uma nova dimessão de compreensão e “verdades libertadores” a todos. Fiquem em paz e que haja luz sobre nós hoje.